Elementos vazados
Os elementos vazados, muito utilizados nas décadas de 40 e 50 nos ambientes internos, foram tachados durante muito tempo como “coisa de casa de vó” ou “fora de moda”. Porém, ultimamente, vem sendo utilizado em cada vez mais projetos, desde fachadas a ambientes internos
Projeto do escritório sede A|C TAMPELLI
Esses elementos foram inventados aqui no Brasil, no ano de 1929 em Recife. Inspirados nos muxarabis, que são elementos árabes feitos de madeira, foram criados por um grupo de engenheiros. O português Amadeu Oliveira COimbra, o alemão Ernesto Augusto BOeckmann e o brasileiro Antônio de GÓis, e a junção das sílabas iniciais de seus sobrenomes que nomeia os elementos vazados de COBOGÓS. Foram muito usado na arquitetura moderna brasileira, sendo muito difundido pelo arquiteto Lúcio Costa.
Projeto: Residência no parque Eduardo Guinle - Lúcio Costa
Foi criado com a ideia de ser uma parede que não impede a passagem de vento, ajudando a amenizar o nosso calor tropical. Ainda possui a vantagem de permitir a entrada da luz solar, criando desenhos de sombra nos pisos e paredes ao redor. E quando usados em fachadas, à noite, transformam a arquitetura em uma espécie de luminária.
Projeto: Casa Cobogó - Márcio Kogan
Na arquitetura de interiores, os elementos vazados, são ótimos quando você necessita da passagem de luz de um ambiente para o outro. Em lugares pequenos, ondem ambientes diferentes ocupam o mesmo espaço, funcionam como um divisor mais ameno que paredes e acabam fazendo parte da decoração.
A escolha entre os diversos tipos de cobogós existentes, tanto do material quanto do formato, vai variar conforme o papel deles no ambiente. Por exemplo, os esmaltados de cores fortes podem dar destaque aos elementos, enquanto os de vidro permitem mais passagem de luz e os de mdf dão maior leveza.
Projeto: A|C TAMPELLI
Não sei se vocês ainda acham os Cobogós ultrapassados, mas eu simplesmente AMO!
Então, até breve!